Os escritores enchem de jóias o cofre da Humanidade. São
guardiões da memória e construtores do sonho. Enfiam as palavras em lágrimas e
sangue e dão-nos fios de coragem e de ternura com que afugentamos a mesquinhez
das pequenas vidas. Eles contam, contam-nos, inventam, inventam-nos,
avisam-nos, mergulham nos nossos silêncios e falam por nós. São a consciência
dos homens e dos povos. São perseguidos, escarnecidos, vilipendiados,
ignorados. Os poderes adulam-nos ou apagam-nos. Temem-nos. Eles possuem o ouro
da palavra que resiste à usura, ao tempo dos dinheiros.
Licínia Quitério
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