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2.1.15

PAIS


Gosto de ver jovens pais a cuidar dos seus filhos com o mesmo carinho e eficiência que dantes eram cometidos só às mães. Têm os gestos suaves, certeiros, acarinhando, tratando, protegendo. Mudam a fralda, põem um pano ao ombro onde apoiam a cabeça do bebé, dão as palmadinhas ritmadas no rabinho, a acalmar o choro, beijam, andam na sala de um lado para o outro e cantam canções de ninar, fervem o biberão e fazem cair uma gota nas costas da mão, a avaliar a conveniência da temperatura. Levam o bebé ao médico, embalam-no enquanto esperam, vão corredor fora com o filho num braço e a cadeirinha no outro, voltam e vestem-lhe o casaquinho, cobrem-lhe a cabeça com o carapuço, deitam-no na cadeirinha, dizem baixinho, vamos, filho. Gosto de ver, dá-me confiança na humanidade que é capaz de, independentemente do género, se assumir criadora e cuidadora das suas crianças. Gosto de olhar por estas janelas de esperança, mau grado o tempo frio e acre que vivemos.

Licínia Quitério

2 comentários:

Era uma vez um Girassol disse...

Adorei este texto, Licínia....
Também gosto muito de ver os pais assumirem o papel que antigamente (no meu tempo) pertencia apenas às mães....
Mulheres valentes tomavam sobre os seus ombros todas as tarefas caseiras e a educação e cuidado dos filhos...
Desconhecia este teu blogue...
Cresceste tanto minha amiga, tantos livros publicados!!!
Parabéns!!!!
Beijinhos

Licínia Quitério disse...

Pois tenho escrito muito, amiga. Tenho mais dois livros a sair este ano, um de poesia outro de prosa. Faço a vida, venço os dias, como sei, como posso. Beijo grande.

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