Tantas pedras. Tantas casas, tantas coisas, tantas causas,
tanto céu, tanta terra, tanta
serra, tanta água, tanta
mágoa, tanta
gente. Tantos olhos que me olharam, tantas as mãos que me acharam, tantas as
que me perderam. Eu fico, eu volto, eu recordo, desfio as contas e os contos
que de contar não cansei. Tanta légua por andar,
tanta légua já
andada, e as pedras no meu caminho, e o céu no peito a crescer, e os meus
braços alongados, tão cansados de voar, com duas asas de pedra, com duas ondas
de mar.
Licínia Quitério
Sem comentários:
Enviar um comentário