Portugal dos que foram, dos que voltaram, dos que por lá ficaram. Portugal belíssimo, das casas abertas uma vez por ano, dos que ainda constroem, dos que ainda cultivam, dos que de novo partem, do temor dos incêndios, dos falares antigos casados com falares alheios. Portugal que um dia se despejou em Hendaye e em Austerlitz, de sagas intermináveis, de brava gente que resistiu ao pior, que diz "a casa feita" como quem diz "o corpo erguido", que ombreia com os melhores de cá e de lá, que está hoje num eido duma aldeia serrana com o mesmo orgulho com que se mede nas capitais do mundo. Percebi que está muito ainda por contar da história da emigração a salto, a medo, na fuga do frio, da fome, na busca de trabalho, de comer, de um mundo para os filhos. País tão lindo, de amor madrasto.
Licínia Quitério
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7.7.14
PORTUGAL
Publicado por
Licínia Quitério
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