Poisar os dedos na terra
E o coração a segui-los
Porque ela só se revela
A quem a sente, a adivinha,
A toca como quem ama
Com a mansidão das tardes
Quando recolhem as aves.
Dá um nó no nosso peito
Que à noite se desenlaça
E deixa um leve tremor
A fazer-nos balançar
Na corda do desamparo.
É a terra que nos sabe
Nos acolhe ou nos rejeita
Nos oferece o verde, o grão
Ou o espinho e a secura
Conforme o pão repartimos
Ou esquecemos a ternura.
Licínia Quitério
1 comentário:
Poesia de excelência.
Parabéns pelo seu talento poético.
Um forte abraço, Licínia.
Enviar um comentário