Site Meter

22.11.15

BALADA DA TERRA



Poisar os dedos na terra
E o coração a segui-los
Porque ela só se revela
A quem a sente, a adivinha,
A toca como quem ama
Com a mansidão das tardes
Quando recolhem as aves.

Dá um nó no nosso peito
Que à noite se desenlaça
E deixa um leve tremor
A fazer-nos balançar
Na corda do desamparo.

É a terra que nos sabe
Nos acolhe ou nos rejeita
Nos oferece o verde, o grão
Ou o espinho e a secura
Conforme o pão repartimos
Ou esquecemos a ternura.

Licínia Quitério

1 comentário:

Jaime Portela disse...

Poesia de excelência.
Parabéns pelo seu talento poético.
Um forte abraço, Licínia.

Acerca de mim

Também aqui

Follow liciniaq on Twitter
Powered By Blogger
 
Site Meter

Web Site Statistics
Discount Coupon Code