Havias de gostar. Das memórias, das histórias. Havias de
gostar. Dos que vieram do longe e do perto e dos abraços que deram. Da força
ainda sobre os vidros, da alegria ainda sobre as dores. Havias de gostar que
não estivessem os que se perderam, os que trairam, os que nunca foram. Havias
de gostar que eu não vacilasse ao dizer o que foi, com quem foi. Havias de gostar de saber que tudo percebeste
e ensinaste e, diria eu, adivinhaste. De tal maneira havias de gostar, que lá
estiveste e desfizeste o nó que eu tinha na garganta. Depois cantei.
Licínia Quitério |
Sem comentários:
Enviar um comentário