NOTA DE APRESENTAÇÃO DO LIVRO "POEMAS CATIVOS", DE MANUEL VEIGA
Aqui estou eu, convidada a dizer
algumas palavras sobre o livro Poemas Cativos, do meu amigo Herético, que assim
foi por mim nomeado durante largo tempo, conhecidos que fomos através do mundo
dos blogues, eu no Sítio do Poema e ele com o seu acertadíssimo Relógio de
Pêndulo.
Nos primeiros tempos, fui apreciando
os seus belos textos em prosa, assertivos, entusiasmados, contundentes,
irónicos, esclarecendo, informando, atento sempre não só à espuma dos dias, mas
muito mais, à sua conformidade ou inconformidade com os caminhos e descaminhos
da Humanidade, dos seus santos e pecadores, para usar expressão tão pouco
herética.
Só mais tarde o fui descobrindo poeta
que ia publicando, diria, a medo, ou melhor, com o pudor de quem sente a
responsabilidade de fazer uso da palavra poética. Foi o seu Relógio de Pêndulo
mostrando, mais regularmente, o poeta sensível, a par com o cidadão empenhado e
lutador pelas causas que definem, traçam, consolidam o caminho dos homens rumo
à Liberdade e à Alegria.
E assim foi crescendo a minha atenção
ao Poeta, de seu nome Manuel Veiga, aqui presente hoje como autor do seu
primeiro e excelente livro, Poemas Cativos, em boa hora editado pela Poética
Editora, graças à Virgínia do Carmo, ela também poeta já publicada.
Tal como afirmei sobre o Eufrázio
Filipe, são as palavras de um Poeta a sua mais exacta definição, a sua
indelével marca no processo de comunicação mais perigoso, mais difícil, mais
subversivo, mais libertador que é a Poesia.
Passo a dar a minha voz, com o maior
gosto, a palavras do Manuel Veiga que tocam os domínios do terreal e do
sagrado, do concreto e do intangível, e sempre, sempre, as razões do amor e da
luta, com a destreza do verbo e o empenho incorrigível deste militante da vida.
Licínia Quitério
Seixal, 7 de Novembro de 2014
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