A caixinha de música tem a sua bailarina em pontas,
rodando suave, suavemente, ao som dos sininhos dos anjos que tocavam em todas
as caixinhas da minha infância. O espelho duplica-lhe a presença delicada. Na
caixa há também uma fada sentada num cogumelo e um rasto de estrelas que a
varinha foi semeando. Abro-a e a toada repetitiva embala-me, afaga-me,
transporta-me para uma nuvem de inocência onde havia bailarinas e fadas
de cabelos de oiro que acendiam luzes miudinhas no sono dos meninos.
Licínia Quitério
1 comentário:
Caixinhas e bailarinas que acompanham a nossa imaginação de adultos.
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