23.12.12
EDUARDO
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17.12.12
8.11.12
CRÓNICA DE POBREZA
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24.10.12
DONA AUGUSTINHA
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14.9.12
LISBOA
Amei-te, quando te ofereceram a madrugada limpa de Sofia e a cobardia dos tiranos não suportou a pulsação das flores.
Vivi as tuas praças ensolaradas de cantos e de pássaros novos chegados de longe para te ver abrir o sorriso de pedra e rio.
Atenta ao regresso dos corvos, assustei-me com as sombras dos esqueletos nos balcões apagando as sardinheiras, com a turvação do rio, com as moedas por detrás da mesa, trinta vezes trinta.
Falo-te e choro-te, cidade do meu norte e do meu sul, porque seca e cabisbaixa te vejo, catando despojos de batalhas perdidas, agoniada nas sirenes das ambulâncias, roída pelos ratos que perderam as naus, encalorada pelas áfricas que acolhes e rejeitas e maltratas como se não quisesses fazer-lhes filhos tantos.
Guardo-te, com o peito a latejar de ausência, no meu cofre de vaidade e ternura, para que não te percas, não te vendas, não expulses os teus homens novos, não mates as tuas mulheres velhas, não ponhas de novo o pé à parede como faziam as sem amor antes daquela imensa madrugada.
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10.8.12
ALCINA MAGRINHA DE PERNA BONITA
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4.7.12
ESTENDAIS
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25.6.12
O LINHO
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AS ALMAS
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16.6.12
ARROZ DE TELHADO
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15.6.12
A PORTA DA TARDE
Nota: Resposta ao desafio em http://outrostemas.blogspot.pt
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13.6.12
ERA UMA CASA
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"O DESPERTAR DOS VERBOS"
Poema de Mário Domingos, do seu único e grande livro. Foi o Amigo, ficou a Poesia e a Saudade.
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9.6.12
TADZIO
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20.5.12
AVE
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14.5.12
O CALOR E O VERDE
Foram os dias do calor e do verde. A luminescência do granito acendia estrelinhas sob os nossos passos. A sinfonia de verdes, nas alturas da Penha, dissipava todo o cansaço que do corpo se esquecia. Da humildade dos musgos à altivez das frondes dos carvalhos, toda uma gama de ondas de cor e de luz, que uma e a mesma coisa são, mas nos confundem o desejo de diversidade. As grandes pedras, solitárias ou em acasalamentos de improvável estabilidade, chamam-nos, provocam-nos, sugerem a nossa pequenez, a quase transparência que somos no tempo do calor e do espanto. Só quando regressamos ao casulo dos dias, repegamos a construção da solidez, antes de sermos, nós também, uma cor, uma luz, na última, possível, única dimensão.
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14.4.12
TECLADO
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21.3.12
CLARISSE
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12.3.12
SOMBRAS
Foi mesmo ela que me contou. Pausadamente, a retirar da mala um lenço de papel para limpar os óculos. Sabe que, quando aborda aquele assunto, as lentes, a certa altura, ficam embaciadas. É ainda uma mulher corpulenta, vistosa, de queixo erguido e passo firme. As rugas ficam-lhe bem quando sorri largamente. Não nos conhecíamos há muito, mas havia qualquer traço que nos ligava e nos fazia gostar de caminhar lado a lado, falando sem precisar de nos olharmos. Fora sempre uma mulher à frente do seu tempo, como se diz de alguém que procura o sítio de viver.
Se estiver a aborrecer-te, diz, que eu mudo de assunto.
Não esperou pela resposta. Continuou a relatar o seu pedaço de história, com a desenvoltura de quem decorou para sempre o papel que lhe atribuíram.
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15.2.12
O TALÃOZINHO
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13.2.12
OS POETAS, OS GATOS, OS PARQUES
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8.2.12
UM CONCERTO ROMÂNTICO
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A CAIXA DE MÚSICA
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6.2.12
LAURISSILVA
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COISAS ESTRANHAS
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23.1.12
UMA HISTÓRIA DE ENCANTAR
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20.1.12
MEIAS TINTAS
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12.1.12
MIL FORMAS
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2.1.12
ESTE MAR
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