Azul, azul, imaculado, este céu de inverno, consolador de frialdades e desalentos. As pedras ganham brancuras insuspeitadas, alisam nervuras da idade. Na meia sombra, os pátios interiores ressumam humidades e odores de gente muito antiga. O peso da história a aprumar-nos o corpo, a força da luz a erguer-nos os olhos para o alto, para lá do azul, muito para lá do princípio do grande azul.
Licínia Quitério
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