Portugal é o lugar que me coube no nascer e decerto no morrer. Amo-o e detesto-o, mas dele não posso nem quero alienar-me. É a minha memória, a minha língua, a minha paisagem. É pequeno, é tristonho, conformadinho. Desculpa-se com o fado e a saudade para não ter de falar em futuro. Por vezes, tem rasgos de audácia e sai da sua modorra para a descoberta das terras, do sol, da liberdade.Sabe fazer a festa do vinho, da bailação, do abraço amigo, do amor atrevido. Detesto-o quando é snob, presunçoso, chorando impérios e prometendo outros. Adoro-o quando se senta à sombra, a preguiçar, e depois se levanta e arruma uma quadra e nunca a lê ao filho que é doutor.
Talvez eu fale de um Portugal que só existe porque eu o quero assim.
Licínia Quitério
1.12.10
PORTUGAL 1
Publicado por Licínia Quitério Por favor comente clicando nas horas 1:25 da tarde
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