Ah rio da minha vida,
dá-me água, dá-me luz,
dá-me um fado se quiseres,
mas não pares, não emudeças,
não escureças,
que as pedras desta cidade,
o céu sobre elas deitado,
é por ti que se enamoram
e os seus nomes inscrevem
nos livros da marinhagem,
da salsujem, da ferrugem
dos barcos sempre encalhados
nos teus baixios de saudade.
Ah rio do meu caminho,
traz-me novas, traz-me naves,
traz-me verde se puderes,
não te percas, não te vendas,
não te prendas,
que os homens desta cidade,
o céu sobre eles deitado,
é por ti que filhos fazem
nas tardes da beira-rio,
no voltear da folhagem,
numa margem, noutra margem,
no lado de cá da sorte,
nos dois braços da viagem.
dá-me um fado se quiseres,
mas não pares, não emudeças,
não escureças,
que as pedras desta cidade,
o céu sobre elas deitado,
é por ti que se enamoram
e os seus nomes inscrevem
nos livros da marinhagem,
da salsujem, da ferrugem
dos barcos sempre encalhados
nos teus baixios de saudade.
Ah rio do meu caminho,
traz-me novas, traz-me naves,
traz-me verde se puderes,
não te percas, não te vendas,
não te prendas,
que os homens desta cidade,
o céu sobre eles deitado,
é por ti que filhos fazem
nas tardes da beira-rio,
no voltear da folhagem,
numa margem, noutra margem,
no lado de cá da sorte,
nos dois braços da viagem.
Licínia Quitério
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