Tão pouco basta para ficar assim diluída, distante, demorada, assombrada, ausente, pateticamente feliz, pateticamente lacrimosa. Na viela que me atravessa, no rasgão de prata a que se chama mar, na barra azul-azul, no oiro da tarde arredondando esquinas, esquadrias. Tão pouco é este tudo, partícula de um tempo efêmero e absoluto. Lamento de gaivota, rumorejar de folhas, cheiro a vísceras da terra, palavra perdida, mansa, indecifrada, minha.
Licínia Quitério
1 comentário:
Este tão pouco é já bastante!
Belíssima foto!
Beijo, Licínia.
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