Era o comboio que levava
a pedra que reluzia.
Era o homem que arrancava
o que da terra nascia.
Era o comboio que apitava,
era o homem que tossia,
era o suor que voltava,
mais um dia, mais um dia.
Até que a mina fechou.
A pedra mais ninguém quis.
O comboio enferrujou.
Do homem pouco se diz.
Licínia Quitério
Para os netos dos mineiros do Lousal
Sem comentários:
Enviar um comentário