Não hesitou no seu labor de florir em tempo certo. Indiferente à sujidade, aos despojos de vidas mal contidas, às sobras das infindáveis obras que os homens sempre encetam, sem irmãs que a confortem, a olaia vive e abre múltiplos sorrisos coloridos, na esperança de uns olhos que nela se revejam, pensando em tempos idos, de muitas árvores, de outras ruas, de outra pressa de chegar, os olhos sendo os outros e os mesmos.
Licínia Quitério
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