Quem te feriu assim, de machado ou palavra ruim? Quem te tirou um braço há muito levantado? Quem te escutou o choro da seiva derramada? Quem te afrontou, ofendeu, magoou? Já não te lembras, amiga. Saraste, calaste a dor, novos braços criaste. Esqueceste o gume e ensaiaste novas primaveras. Da cicatriz fizeste sedução e ninho. Hoje todos os pássaros sabem o teu nome.
Licínia Quitério
1 comentário:
Aprendamos com as árvores.
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