Foi abaixo de vez, o grande eucalipto meu vizinho. Possivelmente incomodava o muro velho, o dono do terreno. Foi cortado e pronto. Ontem havia um cheiro intenso à seiva que nos dizia da ausência da árvore. Guardo alguns dos seus pequenos frutos que espalhava pelo passeio. Costumava oferecê-los à minha velha Mãe, quando já não podia sair e encontrar-se com as árvores que amava. Guardava-os nos bolsos e as mãos dela traziam-me florestas. Pieguices. Tudo tem um fim, não é? Ficou uma foto que dele fiz, ao subir a rua em manhã de sol.
Licínia Quitério
3 comentários:
Recordemos que....as árvores morrem de pé.
Tão bonito, Licínia, o que aqui dizes.
chorou o seu velho eucalipto...
chorou pelas manhãs que não mais verá o sol...
chorou pelas memórias da senhora sua mãe...
choremos por quem o mandou cortar!
Um abraço, sempre!
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