Nada sei de dança. Não sei, mas gosto. Gosto do voo breve dos corpos, do seu sofrimento rente ao solo, da sensualidade, do suor, das contorsões, da fala, do grito, do encontro e da fuga. Passei a gostar mais, desde que vi pela primeira vez, no pequeno écran, um bailado de Pina Bausch. Nunca a vi ao vivo e agora sei que nunca a verei. Era uma mulher do meu tempo. Pode dizer-se que morreu dançando. Quando passei há dias em Loulé, fixei este par desafiando o azul. Quase liberto, quase. Pronunciei baixinho: Pina Bausch. Foi a homenagem possível, em passeio acidental.
Licínia Quitério
3 comentários:
Uma belíssima homenagem a tua.
Ao contrário de ti sei bastante sobre dança pois fiz ballet clássico e moderno durante 12 anos. Tive o privilégio de ver os maiores entre eles a Pina que foi talvez a mais transgressora das coreografas que conheci em palco.
Bjs
TD
pelo k vi ( muito pouco e nunca ao vivo) devia ser excepcional-
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